terça-feira, 28 de janeiro de 2014


Tive uma "conversinha" com a "minha" psicóloga


Pois é.. A minha depressão já dura à quase 1 ano, a brincar a brincar...
 
Logo de início, quando me comecei a aperceber de que aqui algo não corria bem, decidi logo procurar ajudar para tentar ao máximo que a "coisa" não se arrasta-se muito mais tempo, e não só, mas também porque não queria entrar no ponto em que apenas os comprimidos "mentais" fossem a minha salvação.
 
Cerca de umas 6 consultas depois, eu desisti. Ok, eu sei, e tal como a psicóloga me disse hoje pelo telefone, a psicologia não é o mesmo que a psiquiatria, em que uma pessoa toma comprimidos e fica logo melhor.. através da psicologia as coisas levam muito mais tempo, anos até se for preciso.
 
Mas, muito sinceramente, cada vez que falava com ela sentia que ela não se estava a focar no verdadeiro problema mas sim, no "sinal" que me tinha ali levado a procurar ajuda.. o facto de eu não conseguir comer, eu simplesmente deixei de conseguir engolir a comida e passava dias apenas com 1 iogurte mas, não se pense que por ser 1 iogurte líquido se tornava mais fácil para mim porque não era o caso, até mesmo os líquidos eu não engolia. Queixava-me, dizia que não era capaz, que ia morrer engasgada.
 
Bom, continuando..
 
Eu deixei de lá ir não só pelo facto de que sentia que ela não estava focada em mim mas, também porque só me sentia a piorar, ao ponto de começar a ter pensamentos "suicidas". Entrei numa fase da minha vida (fase essa onde ainda me encontro) em que passo os dias constantemente a ter pensamentos negativos, e a pensar em variadíssimas formas de me matar e como o devo fazer.
 
Há umas semanas atrás, pedi ao meu companheiro (porque ele trabalha numa unidade de saúde, unidade essa onde trabalha a tal psicóloga) que me mudasse para um psicólogo que chegou lá à pouco tempo, pois ele tem bastante trabalho feito com jovens da minha idade.. talvez fosse melhor.
 
O QUE É QUE EU FUI FAZER???!!
 
Oh meu deus! Que escândalo!
 
Mudar?????????? Nãooooooo!!
 
O problema sou eu e não ela, sou eu que estou a querer fugir de mim (não, estava mesmo era a fugir dela)...
 
Liga-me ela, aparentemente toda ofendida (vá-se lá perceber) e tem o desplante de me dizer: "Você tem que ir é para um psiquiatra, porque eu não a vou atender porque você precisa é de um psiquiatra.".
 
Oh meu deus!! A sério?
 
Mas é esta a sua resposta para mim, tendo em conta a minha situação mental??!
 
Ela literalmente bloqueou-me..
 
1º - Disse que não valia a pena marcar consulta para ela porque não ia resultar em nada, mais valia ir a um psiquiatra;
 
2º - Nem sequer pôs a hipótese de realmente transferir o meu caso para o colega dela.
 
 
Ora bem, e porquê??
 
Achava eu, que eles enquanto psicólogos, teriam uma mente mais forte e aberta, e a capacidade de dividir a vida particular da profissão.. Nem todos os psicólogos são iguais só porque estudaram as mesmas matérias (tal como qualquer outro médico de uma outra qualquer área), e nós podemos não conseguir avançar com uns mas avançar com outros.. era isso que eu procurava.
 
Eu procuro ajuda! Eu preciso de ajuda.. e achei que o trabalho dos psicólogos era esse, o de ajudar. Ora, se eu pedi para trocar de psicólogo, ela não tem que levar a peito mas sim, simplesmente compreender que talvez seja o melhor para mim, ou, simplesmente deixar-me ir.
 
No final da conversa, e ao fim de 3tentativas, lá a convenci a marcar-me outra consulta com ela para me fazer uma nova avaliação.. avaliação essa que eu já estou mesmo a ver qual será: "Ela tem que ir para um psiquiatra." (resposta esta dada pelo simples facto de ela estar "ressabiada" por eu a ter querido "trocar" pelo colega dela.. vá se lá perceber!). 
 
Conclusão da história.. O que eu senti, (atenção, uma pessoa atualmente com problemas psicológicos, sem qualquer auto estima, sem qualquer capacidade de cuidar de mim e da casa, sem moral, sem vontade, sem proactividade.. nada).. bom, o que eu senti foi uma obrigação moral de ir lá ter com a Senhora Doutora, quase que me arrastando de joelhos e a beijar-lhe os pés por ter deixado de ir às consultas dela e por ter mostrado vontade de mudar de médico.
 
A sério?
 
Volto a dizer.. Por amor de deus!
 
Mas afinal o que é que importa aqui.. O paciente ou o médico?!
 
Tinha mesmo que desabafar este assunto!!
 
Obrigada Leitores
Beijos

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